Aqui onde moro a situação das unidades de ensino municipal são de arrepiar e neste caso específico me refiro a capacidade e qualidade emocional dos profissionais que convivem com as crianças.
Imagino que muitos dos que não possuem condutas respeitosas e afetivas em seu legado, não tenham recebido afeto algum em sua infância e por falta de referência, alimentam a crença do autoritarismo, aquele tipo que critica a ditadura, mas quer ser "linha dura". Que se vitimizam mais do que as próprias crianças na tentativa de chamar mais atenção do que elas.
Antigamente era considerada apenas a violência física e literalmente na força do ódio, estão tendo que encarar a existência da violência psicológica e agora pouco acabo de saber de casos de abuso sexual.
Justiça? Direito da criança? Até tem mas antes as famílias precisam desviar da burocracia anti-exposiçao, da omissão, da conivência, da corrupção, da falta de cumprimento da lei do monitoramento das câmeras, dos desvios de denúncias e tantas outras tentativas de calar as famílias e se possível culpá-las pelo "mau comportamento da criança" que apenas reage ao ambiente tóxico dos parques das creches e salas de aula.
Vale ressaltar que graças a Deus, ainda existem profissionais dotados de dom, bom coração que entendem a vulnerabilidade infantil e fazem um trabalho incrível. Mas é preciso conscientizar todos os outros que o fato de terem tido uma infância cruel não justifica propagar ainda mais crueldade, se você sofreu, evite o sofrimento do outro.
É preciso quebrar o sistema das narrativas contra a família, assuma a profissão que você escolheu com honestidade, amorosidade e acima de tudo hombridade. Lembrando que existe também a possibilidade de transição de carreira.
Qualquer tipo de violência cometida contra crianças de qualquer idade, lhe torna covarde, ressignificar conceitos e atitudes, faz parte.
E para recomeçar e ressignificar nunca é tarde.

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